Com o objetivo de combater a sonegação de impostos, a Receita Federal tem sido cada vez mais criteriosa na hora de avaliar os dados da declaração de IRPF. Basta uma discordância de valores para que você corra o risco de cair na malha fina, o que leva à necessidade de prestar esclarecimentos.
Além de se preocupar com o registro correto de informações, é essencial conhecer quais são os “dedos-duros”. Alguns valores merecem atenção extra, porque podem “denunciar” para a receita que o seu envio deve passar por uma revisão.
Para não correr o risco de cair na malha fina, veja quais são os principais dedos-duros da declaração de IRPF!
Os negócios bancários estão entre os maiores responsáveis por dedurar contribuintes
Ao falar em quem oferece dados para o cruzamento, os bancos e demais instituições financeiras merecem atenção mais que especial. Afinal, é por meio desses negócios que o contribuinte recebe o salário, faz pagamentos e movimenta os recursos.
Como essas empresas são obrigadas a repassar as informações de todos os clientes, a Receita Federal tem um farto material para comparar com as declarações. Se uma fatura do cartão de crédito for incompatível com a renda apresentada, por exemplo, pode ser necessário ter que mostrar documentos extras.
As despesas com saúde podem levá-lo a ter que dar explicações
Com o objetivo de reduzir a base de cálculo do imposto, é correto incluir despesas com saúde, que são dedutíveis. Com isso, é permitido informar valores gastos com consultas, planos de saúde, exames e demais despesas médicas.
O problema é que muita gente tenta declarar valores acima dos que foram pagos ou deixa de apresentar as restituições do convênio médico, por exemplo. Como todos os profissionais e as empresas da área declaram os recebimentos, há o risco de cair na malha fina.
Os órgãos públicos favorecem a conferência da sua declaração de IRPF
Como era de se esperar, os órgãos públicos também estão entre os principais dedos-duros do Imposto de Renda. Isso acontece porque muitas movimentações regularizadas devem passar, necessariamente, por algumas dessas instituições.
O pagamento de impostos para a prefeitura e os registros em Cartórios, por exemplo, pode indicar para a Receita Federal que você se tornou dono ou que vendeu um imóvel e que lucrou com isso. Outros órgãos de registro, como o Detran, permitem que a Receita saiba sobre bens imóveis, como os veículos.
Além de tudo, o INSS é obrigado a informar pensões e benefícios, os quais podem fazer com que fique em alguma faixa acima de tributação.
Os outros contribuintes oferecem risco quanto à malha fina
Não pense que apenas empresas privadas e órgãos públicos podem interferir na sua declaração de IRPF. O envio de outros contribuintes também é utilizado para conferência e o cruzamento de dados pode levá-lo à malha fina.
É o caso de alguém que faz uma venda ou uma doação para você e apresenta o valor. Se não incluir as informações no seu envio, poderá ter que prestar esclarecimentos quanto à divergência.
Os dedos-duros da declaração de IRPF exigem atenção extra da sua parte. Afinal, com o cruzamento dos dados fornecidos por eles, há o risco de você cair na malha fina. Então, o ideal é redobrar os cuidados para acertar todos os valores.
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